MANEJO SANITÁRIO
A higiene dentro e fora do galpão, independente do seu
tamanho é importantíssima, pois evita diversos problemas sanitários na criação.
Os principais procedimentos de manejo sanitários são:
ü
Manter os galpões sempre limpos e
desinfetados após cada criada
ü
Fazer o vazio sanitário de pelo menos
15 dias após a desinfecção do galpão.
ü
Aplicar corretamente as vacinas e
medicamentos necessários.
ü
Evitar o trânsito de pessoas e animais
ao redor do galpão.
ü
Não guardar restos da cama do lote
anterior no galpão onde se está alojando novo lote.
ü
Ter pedilúvios e rodolúvios em todas as
saídas das instalações.
ü
Recolher todas as aves mortas
diariamente e depositá-las em fossas, obedecendo, uma distância mínima de 150
metros da granja.
ü
Fazer o controle de insetos e roedores
principalmente entre os lotes.
LIMPEZA E DESINFECÇÃO
A
limpeza e desinfecção não devem ser tratadas como simples preocupações
estéticas, mas como medidas profiláticas de suma importância para a criação.
Como proceder:
ü
Retirar toda a cama antiga.
ü
Varrer o galpão todo.
ü
Passar lança chamas em todo o chão e ao
redor do galpão.
ü
Lavar o galpão com água e sabão.
ü
Pulverizar desinfetante (pode ser
formol 5 % ou 8 %).
ü
Fazer uma caiação (8 sacas de cal/200
litros de água) se necessário.
ü
Espalhar a cama nova.
ü
Desinfetar todo o equipamento.
ü
Recolher entulhos ao redor do galpão.
ü
Lavar a caixa d’água e encanamentos do
galpão.
ü
Manter os equipamentos em perfeito
estado.
ü
Colocar veneno de rato e inseticida
(dentro do galpão) e retirá-los antes da entrada dos pintos.
OS GALPÕES
Uma das inúmeras diferenças do frango caipira brasileiro
para o frango de corte tradicional é que pode ser criado solto, confinado ou
mesmo semi-confinado, dependendo do interesse do criador.
Partindo deste conceito, o galpão pode ser novo ou mesmo
aproveitamento de uma antiga instalação da propriedade. Todo local coberto e
cercado torna-se um galpão em potencial, dependendo apenas da quantidade que se
deseja criar e a que fim se destinará. É necessário apenas adequá-los às
exigências básicas para a criação.
Como não requer tanta tecnologia de construção quanto o
galpão de frango de corte tradicional, é mais fácil construí-lo.
Uma boa recomendação que deve ser seguida na construção do
galpão é orientar a sua cunheira no sentido leste/oeste, desta maneira haverá
menor incidência de sol no interior do galpão no calor e mais insolação nos
períodos de frio durante o ano.
Os galpões podem ser construídos sem muita tecnlogia ou até
mesmo aproveitando material já existente na propriedade, mesclando-se a
rusticidade das instalações à tecnologia avançada, como campânulas, bebedouros
e comedouros automáticos. Une-se assim o útil ao baixo custo de construção.
Precaução especial é não construí-lose em locais de difícil
acesso, distante das fontes de alimentação ou mesmo longe da observação dos
responsáveis.
CORTINAS
As cortinas são tão importantes quanto os outros
equipamentos do aviário, tendo a função de proteger e aquecer as aves.
Na criação de frango caipira , as cortinas podem ser feitas
de sacos de ração reaproveitados, bambu, sapé, madeira e ráfia , desde que
sejam seguros e permitam a passagem de luz solar para o interior do aviário.
O manejo das cortinas e muito importante , pois através
delas, a umidade e a temperatura interna do galpão são controladas.
Nos primeiros 10 a 15 dias da ave recomenda-se que fiquem
levantadas, e nas idades menos criticas, depois que as aves estão empenadas
deve-se manter as cortinas abaixada, levantando as somente em horários frios,
durante chuvas ou ventos mais fortes.
Se o aviário estiver com um forte cheiro de amônia ou
abafado , principalmente no período da manhã, deve-se quando possível, abaixa-
las, de preferência do lado contrário à corrente de vento.
PIQUETES
Os piquetes já foram muito utilizados no começo da
avicultura comercial no Brasil. Existe registros na literatura que em 1937 já
se faziam piquetes para a criação de aves comerciais, tanto de corte como de
postura.
No sistema de criação do Frango Caipira procura- se resgatar
esta técnica com grande sucesso.
Cercados com telas de arame, bambu , madeira, alvenaria ou
mesmo pré- fabricados, as cercas devem ter aproximadamente 1,80m de altura ,
devendo ter um espaço para o pasto. Não esquecer que árvores devem ser
plantadas nos piquetes para obtenção de sombra em abundância.
Uma torneira com água corrente também é necessária, não pode
existir possas d´ água, lixos,entulhos, e dejetos de animais nos piquetes.
A formação dos piquetes tem o papel fundamental nesse estilo
de criação , já que a ave tem o habito e a necessidade de pastar. A ave precisa
de espaço para andar e desenvolver sua musculatura.
Levando-se em conta a qualidade do solo, pode-se optar pelo
plantio de um único tipo de grama ou da conservação de duas ou mais espécies.
Para
evitar predadores de solo, aconselha-se colocar sacos amarrados na tela em
volta do galpão, para evitar o contato visual.
O PASTO
O pasto é um ponto forte na criaçao do frango caipira, pois
esta ave tem o habito de pastar.
O alimento plantado deve ser com altos teores de proteina,
boa digestibilidade, crescimento estolonifero, grande taxa de redobra, ja que
os brotos fornecidos as aves devem ser novos e tenros . As folhas velhas e
fibrosas são de baixa qualidade, determinando uma recusa natural da ave.
Os capins e gramas mais usados para piquetes sao os mais
proteicos, como o Capim Quicuiu,o Capim Napier, o Capim Coast-Cross, o Capim
Tiffiton, a Grama Estrela Africana e outros, que tenham o sistema radicular
baixo, pois assim, voltam a crescer rápidamente com as chuvas ou irrigações.
Recomenda-se alojar 1 ave entre 1 a 5 m2, desta forma o
piquete resistira o pisoteio das mesmas até a retirada do lote.
O plantio só terá sucesso se encontrar um solo preparado.
EQUIPAMENTOS
Em qualquer atividade avícola, por mais rústica que seja, os
equipamentos são fundamentais não é diferente com o frango caipira .
Necessita- se portanto de:
ü
Cortinas
ü
Círculos de proteção
ü
Comedouros infantis
ü
Termômetros
ü
Campânulas
ü
Comedouros
ü
Bebedouros
Todos estes equipamentos devem fazer parte integrante de uma
granja, mesmo sendo ela de frango caipira.
COMEDOUROS
O frango caipira, ao contrário do frango tradicional,
necessita, depois de 30 dias, de dois tipos de comedouros, um para ração comercial
e outro para ração alternativa.
O processo de alimentação desta ave, nos primeiros 10 dias
segue o tradicional. Usam-se bandejas ou comedouros tubulares infantis que são
gradativamente substituídos por comedouros adultos.
O espaçamento é muito importante. No caso de comedouros
tubulares, devemos trabalhar com 1/80 quando pintainhos, e 1/40 quando adultos
ou conforme recomendação do fabricante.
Nos comedouros tipo calha deve-se dar um espaço de 2,5
cm/ave quando pintainho, e aumentar para 8 cm/ave quando adulta.
Os comedouros tipos calha podem ser de fabricação caseira,
com materiais reaproveitáveis existentes na propriedade,como canos de PVC
cortados ao meio, caixas de madeira e até mesmo bambu, de preferência com 1
metro de comprimento.
Quando são usados comedouros tubulares comerciais ou mesmo
de fabricação caseira, é desejável que a borda do prato tenha a altura do dorso
da ave, acompanhando seu crescimento regulamos a sua altura, evitando assim
desperdício de ração.
Recomenda-se que a ração alternativa seja servida em
comedouros tipo caixa ou calha, ao menos duas vezes ao dia, desta forma as aves
se mantém sempre ativas.
O avicultor não deve deixar restos de ração alternativa de
um dia para o outro. Mesmo com toda a rusticidade que lhe é peculiar, o frango
caipira brasileiro sofre muito com fungos e bactérias, que se desenvolvem em
rações com umidade.
De maneira geral a ração, tanto alternativa como comercial,
deve ocupar entre 1/3 e metade da altura da borda do prato, evitando assim
desperdício de ração.
A cada 7 a 10 dias, deve-se regular a altura dos comedouros,
acompanhando o crescimento das aves.
COMEDOURO INFANTIL
Recomendamos o uso de comedouros infantis tubulares,
propiciam um menor disperdício e evita que o pintinho se alimente no chão onde
outra ave está defecando. Uma opção aocriador é o comedouro tipo bandeja que é
usado somente nos primeiros dias do pintainho, na proporção de 01 bandeja para
cada 80 pintainhos. Com 10 a 12 dias de idade, são substituídos por comedouros
tubulares e/ou calha, como o avicultor desejar. Estas bandejas podem ser de:
ü Madeira.
ü Alumínio.
ü Lata.
ü Plástica.
ü Papelão (fundo de caixa de pintainhos).
As rações dessas bandejas devem ser peneiradas pelo menos 2
vezes ao dia.
BEBEDOUROS
Nos primeiros 10 dias são usados os bebedouros tipo copo de
pressão, na medida de 1/60 ou conforme recomendação do fabricante. .Se o
bebedouro for pendular automatico, com capacidade de 3 litros, usa-se 1/80 na
fase inicial e 1/50 na fase adulta ou conforme recomendação do fabricante, e 4
cm / ave na calha ou bebedouro. Da mesma forma que os comedouros, tambem os bebedouros podem ser fabricados na
propriedade com canos de PVC, calhas usadas e bambus.
Os bebedouros não devem ter vazamentos para nao molhar a
cama ou produzir poças d´ água nos piquetes.
Devem ser regulados a cada 10 dias, devendo ficar a uma
altura de 5 cm acima do dorso das aves, evitando - se assim problemas com a
cama molhada.
Água limpa, fresca e pura deve existir em quantidade
suficiente pois a sua eventual falta pode provocar perdas significativas por
desidratação.
CÍRCULOS DE PROTEÇÃO
Como o próprio nome diz, o círculo tem como função básica
proteger as aves quando ainda pintainhos, de correntes de ar, de frio, de
predadores e ainda delimitar a área mais próxima possível da fonte de
aquecimento e dos comedouros e bebedouros servidos a estas aves.
Geralmente esses círculos são feitos de chapas de Eucatex ou
Duratex por serem mais viáveis economicamente, não se descarta a possibilidade
de utilizar-se de chapas galvanizadas ou mesmo de folhas de papelão grosso, que
tem a vantagem de ser mais higiênicos devido ao
seu descarte após o uso.
A altura do circulo e bastante variável, indo de 30 até 70
cm .Devem ter uma circunferência de aproximadamente 5 a 7 m , para o alojamento
de 500 pintainhos.
No inverno, recomenda - se juntar dois círculos formando
assim um único com 1000 pintainhos.
FONTE DE CALOR
Tanto o frango caipira como o frango tradicional, necessitam
de campânulas, usadas com fonte de calor artificial. São encontradas no mercado
com facilidade de tamanho e capacidade diferentes. Geralmente usa-se campânula
com capacidade de aquecimento de 500 pintos. As campânulas podem ser a gás, com
resistência elétrica, luz infra-vermelha ou até mesmo à lenha.
O seu uso pode variar de 1 a 15 dias, dependendo da
temperatura ambiente.
Na primeira semana de vida do pintainho é indispensável,pois
ele necessita de uma maior quantidade de calor no início e vai diminuindo à
medida que as aves crescem.
CAMA PARA O AVIÁRIO
A cama de um aviário é um importante fator que interfere nas
condições sanitárias e no bom desenvolvimento do lote. Mesmo sendo uma ave mais
rústica,o frango caipira brasileiro também necessita de cama de boa qualidade.O
material usado quando espalhado no galpão deve cobrir todo o seu piso,com o
máximo de uniformidade, com a altura ideal variando de acordo com a época do
ano: 5 a 8 cm no verão e de 8 a 10 cm no inverno.
Uma cama de boa qualidade deve apresentar algumas
propriedades indispensáveis:
ü Uma excelente capacidade de absorver a umidade, evitando o
empastamento da mesma dentro do círculo.
ü Baixa condutividade térmica (bom isolamento do piso).
ü Partículas de tamanho médio.
ü Liberação rápida de umidade.
ü Umidade por volta de 20 a 25%.
ü Livre de substâncias indesejáveis ( fungos, toxinas,etc.)
ü Fácil Disponibilidade.
ü Baixo custo.
Podemos
usar os seguintes materiais:
ü Maravalhas ou cepilho.
ü Sabugo de milho picado.
ü Capins secos.
ü Casca de arroz.
OBS: Se informe
sobre a procedência da cama, se foi estocada em local seco e arejado, pois
podem conter esporos de fungos que irão se multiplicar com a umidade da cama.
A VÉSPERA DA CHEGADA DOS PINTINHOS.
Na véspera da chegada dos pintainhos o criador deve
certificar-se de que as instalações, cortinas, sistemas elétricos, hidráulicos
e materiais a serem usados como cama, comedouros, bebedouros, círculos,
campânulas, e estoque de gás estejam em perfeitas condições de funcionamento,
limpeza e em número suficiente para a criação.
O galpão deve estar pronto para o recebimento das aves, com
os círculos montados e todo o equipamento revisado,pelo menos 24 h antes da
chegada dos pintainhos.
Para um lote de 500 pintainhos é necessário 1 campânula, 6
bebedouros e 6 comedouros tipo bandeja.
Na chegada dos pintinhos é importante mostrar-lhes os locais
onde ele encontra comida, água e também a fonte de calor. O procedimento mais
comum é colocar o bico do pintinho na água, depois na comida e finalmente
colocá-lo em baixo da fonte de calor.
MANEJO
Existem diversas maneiras de criação de frango caipira .Tudo
depende do nível tecnológico e da condição de cada produtor.
Algumas condições básicas de criação são essenciais: tomar
cuidado para que na chegada das aves, o galpão esteja limpo,desinfetado,com os
círculos montados e que os comedouros e bebedouros estejam distribuídos e as
campânulas pré aquecidas.
Recomenda-se sempre que a primeira água a ser consumida
pelas aves tenha algum hidratante, que pode ser comercial ou caseiro (de 200 a
300g de açúcar para 6 litros de água).
Nos primeiros trinta dias, as aves podem ser alojadas em
pinteiros ou criadas diretamente nos galpões, de acordo com a possibilidade do
avicultor.
Todo dia se faz uma vistoria no pinteiro ou galpão,
observando se existem aves mortas ou mesmo aleijadas que devem ser retiradas.
A partir da terceira semana, recomenda-se que as aves sejam
liberadas pela manhã para um passeio, visando o desenvolvimento da musculatura,
à tarde devem ser recolhidas.
Já na segunda semana, pode-se permitir o acesso ao material
verde picado, substuí-se então os comedouros infantis pelos que ficarão até o
final do lote.
Qualquer
dúvida com relação ao estado geral do lote, deve ser esclarecida o mais rápido
possível, para detectar precocemente um eventual problema e avitar assim o
prejuízo na criação.
VACINAÇÃO E VERMIFUGAÇÃO
Normalmente o pequeno avicultor não se preocupa com os
programas de vacinação e vermifugação. Comete um erro gravíssimo, pois estes
programas não representam um custo elevado, se comparados aos prejuízos que um
verme ou doença podem causar ao lote.
O esquema de vacinação varia de região para região,
recomenda-se que verifique o esquema utilizado por uma granja de frangos
comerciais perto da propriedade, pois esta granja já conhece os desafios
regionais. Pode-se consultar também a casa da lavoura do município.
Exemplo de esquema de vacinação:
IDADE
|
TIPO DE VACINA
|
VIA DE
APLICAÇÃO
|
7 dias
|
Newcastle HB1
|
Ocular ou água
|
15 dias
|
Bouba Forte
|
Membrana da asa
|
35 dias
|
Newcastle La Sota
|
Ocular ou água
|
45 dias
|
Bouba Forte
|
Membrana da asa
|
70 dias
|
Newcastle La Sota
|
Ocular ou água
|
120 dias
|
Tifo e Cólera
|
Injetável no peito
|
OBS: Recomendamos
que o programa de vacinação seja elaborado com base nas condições e histórico
sanitário da região.
Para vermes, os melhores
resultados são obtidos com uso periódico de um vermífugo específico para aves
(três dias consecutivos) em duas dosagens com intervalo e 15 dias, e repetido a
cada 90 dias.
No dia da vacinação, deve ser
retirada a água de bebida duas horas antes do fornecimento da vacina às aves.
Se a água for clorada, a cloração deve ser interrompida por no mínimo, 24
horas.
Só fornecer água clorada
novamente depois de 24 horas da vacinação. As recomendações do fabricante das
vacinas e medicamentos devem ser seguidas rigorosamente.
A rotação de piquetes é
necessária para quebrar o ciclo da verminose e coccidiose.
Orientação para a criação de aves de
postura caipira:
É necessário a suplementação de cálcio, via ração ou
calcário na fase de postura. Deve-se tomar cuidado com o peso das aves, principalmente
no período da recria ( de 4 a 18 semanas).
Um programa de iluminação acima de 10 lux é necessário para
o desenvolvimento sexual das aves, maior uniformidade e maior produção. De 27 a
30 wattspor m2, consegue-se atingir um total de 10.7 lux. Segue a tabela de
programação de luz:
De 0 a 8 semanas -
Luz Natural.
De 9 a 16 semanas - 12
horas.
De 17 a 18 semanas - 14 horas.
De 19 a 75 semanas - 17 horas.
Luzes de 60 watts dispostas a 2 metros da entrada do
galinheiro, com 4 metros de distância uma das outras e 3 metros de altura.
Colocar o ninho a partir da 15 ou 16 semana. Deve ser
forrado com maravalha.O ideal é estar a 35 cm de altura do piso, com uma
abertura de frente e fundo de 35 cm, ou seja, 35 x 35 cm. É necessário também uma ripa de madeira de
5 cm na entrada do ninho, para evitar o disperdício da maravalha.
Mantendo
estes cuidados e não deixando a galinha engordar você obterá até 280 ovos por
ano.
Em algumas regiões tem-se o hábito de debicar as aves, que
deve ser feita com debicador automático, aos 7 dias de idade. Depois deve ser
ministrado um complexo vitamínico com vitamina K, para melhor cicatrização.
Porém antes verifique se a ave caipira é aceita debicada em sua região.
RAÇÃO BALANCEADA
Por tratar-se de uma ave mais rústica, é possível
alimentá-la com diversos tipos de alimentos.
O programa alimentar recomendado é realizado com quatro
tipos de ração. Estas rações dividem-se em INCIAL, de 01 à 28 dias; ENGORDA, de
29 à 49 dias e a FINAL, dos 50 dias até o final.
Até os 28 dias, enquanto a ave está formando a sua
estrutura, é interessante a utilização de ração balanceada, após este período
ela pode ser dada ao final do dia como complemento a alimentação alternativa,
para disponibilizar todos os nutrientes necessários para melhor aproveitamento
desta alimentação alternativa.
ALIMENTAÇÃO ALTERNATIVA
O ponto mais forte de uma criação de frango caipira é
justamente a fonte de alimentação alternativa. Sem dispensar a ração
comercial,os piquetes e os complementos (verduras, frutas,legumes e capim
picado) têm um importante papel no desenvolvimento desta ave, fornecendo-lhe, a
fibra e xantófila tão necessárias.
Entre
os alimentos alternativos destacam-se:
Capim Quicuiu Confrei
Capim Coast Cross Rami
Capim Tiffiton Folhas de
Batata Doce
Capim Estrela Africana Guandu
Assa Peixe Hortaliças
e Leguminosas
Mandioca ou macacheira (deve ser quebrada e colocada ao sol
ou cozida para quebrar as proteínas nocivas a alimentação), restos de verdura,
frutas ou qualquer subproduto da propriedade.
As folhagens (Rami, Guandu, Assa Peixe, Confrei, Folhas de
Batara Doce, Hortaliças e Leguminosas) podem ser servidas após a 2º semana de
vida da ave, e os capins após 30 dias.
ILUMINAÇÃO
O frango caipira, por ser uma ave destinada ao abate com idade
mais avançada recomenda-se o fornecimento somente de luz natural, evitando-se
assim o seu crescimento muito acelerado e o aumento de mortalidade.
TEMPERATURA
A temperatura de um galpão é muito importante e seu controle
permite obter resultados compensadores.
As
temperatura de conforto para as aves são está entre 20 e 28º C.
A falta de calor traz problemas de desuniformidade do lote e
o excesso desidrata. Para evitar estes problemas recomenda-se que o avicultor
tenha sempre à mão um termômetro, controlando a temperatura ambiente
constantemente.
O termômetro deve ficar na lateral interna do círculo de
proteção à altura da ave.