terça-feira, 1 de maio de 2012

Diamante Gold




Por reunir beleza e docilidade, ele é um forte candidato a ser 
um bom pássaro de estimação.


Com a beleza de suas cores vivas e bem definidas e o temperamento especialmente dócil, o Diamante de Gould é um dos pássaros preferidos para estimação.
Conhecido em inglês como "Lady Gould" (Senhora Gould), foi assim chamado pelo primeiro ornitólogo a estudar a espécie, John Gould, em homenagem à esposa Elizabeth quando esta faleceu. Hábil desenhista de pássaros, ela registrou a imagem das aves que o casal pesquisou junto em expedições realizadas no século XIX.

ADAPTAÇÃO

O diamante de Gould, criado há mais de 100 anos em cativeiro, ambientou-se à criação doméstica a ponto de não estranhar a aproximação das pessoas e permanecer calmo em situações como quando se coloca comida na gaiola, sem demonstrar medo. Isto é extraordinário se considerarmos que na natureza não desce ao solo para beber se não pressentir absoluta segurança, podendo voar até 3 horas à procura de um poço seguro. A confiança adquirida não significa, porém, que o local onde fique não deva ter algum resguardo, para que ele viva e procrie bem. É bastante comum que viva mais de 10 anos, quando tratado adequadamente.
Recomenda-se antes de um envolvimento com o Gould alguma experiência com espécies mais rústicas como Canário de Cor, Periquito Australiano e Manon. Isto porque o Gould é um pouco mais delicado, mas não a ponto de causar problemas.
Quanto à procriação, na maioria dos casos (há exceções) a espécie não dá atenção aos filhotes, exigindo o uso de uma ama-seca, como o Manon, para chocar os ovos e cuidar dos pequenos até a sua independência.
Pode conviver com outras aves, como o Starfinsh, Mandarim, Manon e Bico-de-prata principalmente em viveiros ou voadeiras que são mais espaçosos. Deve-se evitar superpopulação e espécies agressivas.
O interesse pela sua criação cresceu com o aparecimento, sobretudo nos últimos 10 anos, de mutuações com novas cores e marcações (veja fotos).

FICHA

Tamanho: cerca de 12 cm.
Cores: Original - Cabeça: vermelha, preta ou laranja. Peito: violeta. Barriga: Amarelo-ouro. Manto: verde luminoso. 
Mutações - Cabeça: amarela ou cinza. Peito: branco, rosa ou azul. Barriga: creme. Manto: amarelo, cinza claro, azul etc.
Instalações: Que permitam banho de sol e em local com algum resguardo. Gaiola - para 1 casal, ao menos 60 cm de comprimento x 30 cm de profundidade x 35 cm de altura. Viveiro - de alvenaria, com apenas a frente de tela, voltada para o Norte, com 3 m de comprimento x 1 m de largura x 2,10 de altura, piso de lage com 15 cm de espessura e tela de ½ polegada com fio 18.
Acessórios: em gaiolas, 2 poleiros de 10mm de diâmetro, bem afastados e longe das laterais, para evitar danos às penas da cauda. Galhos de árvores são também uma boa opção, mais usados em viveiros. Ponha uma banheira para banho diário, que ajuda a manter a plumagem em boas condições. Deixe sempre à disposição um osso de siba para fornecimento de cálcio e areia mineralizada para ajudar na digestão.
Alimentação: mistura das seguintes sementes: 25% de alpiste e 75% de painço e milheto, diariamente. Em dias alternados, verduras. Duas vezes por semana e na época de procriação, mistura de 20% de Farinha Láctea, 60% de Neston, 20% de farinha de rosca; acrescentar ovo cozido esfarelado. Para cada kg desta mistura acrescentar 4 colheres (sopa) de um suplemento nutricional como o ASA F1 e 3 de fosfato bicálcico. Na natureza alimenta-se de gramíneas, sementes, brotos de verduras, insetos adultos e em estado de larva e eventualmente de frutas e até polén.
Identificação sexual: o macho tem cores mais vivas principalmente no peito, a cauda central mais comprida. Faz o corte movimentando-se no poleiro, expondo as plumas e cantando. No período de acasalamento é comum o bico do macho tornar-se mais claro e o da fêmea mais escuro.
 
Cruzamento: é totalmente desaconselhável cruzar ave recessiva com recessiva (cabeça laranja ou peito branco ou manto azul), pois diminui o tamanho dos filhotes, que ficam mais sucetíveis a doenças e podem nascer com problemas genéticos. Cruze o recessivo com um dominante que seja filho de recessivo    
                 

Reprodução: A partir de 10 meses a fêmea bota de 5 a 8 ovos que eclodem após 15 a17 dias. Se não botar pode ser por mudança freqüente da gaiola de lugar; pela fêmea ser jovem ou velha demais, por falta de interesse do macho (vê-se quando não corteja a fêmea). Para tentar interessá-lo, separe-o da fêmea por 1 mês. Quando os filhotes ficam independentes, aos 45 a 50 dias, separe-os dos pais ou da ama para iniciar nova postura. Após 3 posturas dar descanso de 1 mês ao casal, totalizando 6 posturas por ano quando a mãe não choca (usa de ama). Quando a fêmea também choca, fazer só 3 posturas seguidas, por ano. Usar ninho de madeira de 20 (compr.)x14x14cm, com divisória de 4,5cm de altura, formando 1 ambiente para os ovos (13x14) e outro (7x14) para os primeiros passos dos filhotes. Neste último fica a porta, redonda, na parte superior. A tampa deve ter 3 furos em cada extremidade, para melhor circulação do ar. Como forração forneça grama japonesa ou raízes de capim. Sensível às inspeções no ninho: fazê-las ao entardecer.
Criação dos filhotes: em geral pais criados exclusivamente por seus pais e não por amas-secas, são mais zelosos. Se os acostumarmos ao uso de ama-seca, dificilmente criarão sem a ajuda dela no futuro.


Outras fotos:






Fontes de pesquisa:
Texto: www.petbrazil.com.br
Fotos:
1) queropassaros.com.br
2) luispassaros.blogspot.com
3) anuncios.adclass.com.br
4) novalima.olx.com.br
5) insoonia.com
6) exoticapet.blogspot.com
7) emanuel-avesferreira.blogspot.com

Diamante Mandarim



Fácil de ser criado, o Diamante Mandarim é apreciado em todo o mundo. Um de seus atrativos é a imensa variedade de desenhos na plumagem.


Com seu bico curto e riqueza visual, este pássaro é um dos mais populares praticamente no mundo inteiro. Razões para isto há de sobra: ele procria facilmente e muitas vezes ao ano, o que faz com que até os mais belos exemplares alcancem preços em conta (30 dólares para um excelente e de 1 a 2 dólares os mais comuns); se adapta a qualquer meio, em climas frios ou quentes, em pequenos ou grandes espaços e além disso, não tem nenhuma exigência extraordinária. Enfim, trata-se de um pássaro fácil de se ter, indicado, portanto, também para principiantes na criação de aves.
Um dos prazeres de criá-lo é que através de acasalamentos programados você pode obter Mandarins de centenas de cores das mais diferentes, distribuídas em belos e harmônicos desenhos sobre a plumagem.
Existem 8 cores básicas e mais 400 diferentes, chamadas de mutações, que foram obtidas dessas 8 (vide box). Para conseguir pássaros de cores diferentes, você deve sempre cruzar um de cor básica, por exemplo, como o Cinza, com um mutante como o Peito Negro. Na primeira ninhada vão nascer todos Cinzas, mas portadores do gene Peito Negro. Daí, você pega um desses filhotes portadores desse gene e cruza com outro Peito Negro. Nascerão Cinzas e também uma mescla dos dois, ou seja, Cinzas com Peitos Negros. Para perpetuar essa cor nova, você precisa cruzá-la com Peitos Negros ou portadores do gene Peito Negro e depois, com o tempo, com exemplares da mesma cor.

FICHA

Cores: o mais comum é o Cinza ou Zebra (corpo cinza-amarronzado com branco, listras negras na cauda e, só no macho, listras pretas e brancas na garganta, marcações alaranjadas nos lados da face e pintinhas brancas nos flancos); o Canela, Prateado, Ágata (Canela com bordas das penas grandes em branco), Mascarado (bege bem claro), Dorso Pálido (Cinza-claro), o Branco e o Albino (olhos vermelhos). Exemplos de mutações: com tapete e bico amarelo (o original é vermelho), Cinza de Bochechas Negras ( o mais raro); Peito Negro; Peito Laranja; Bochecha Castanha; Pheo (creme claro com ponta das penas em tom mais forte), Creme; Pingüim (capa preta com o corpo branco ou prateada com branco etc) etc. 
Instalações: Sempre com malha fina. Gaiola de metal, ideal para até 1 casal e seus filhotes - 40cm de altura x 60 de comprimento x 30 de profundidade. Gaiola criadeira de metal para até 30 filhotes com 12 dias até 18 meses, quando começam a acasalar - 35cm altura x 1,40 de comprimento x 60 de profundidade. Viveiro para até 40 casais com armação de ferro, os 4 lados fechados e teto todo coberto com telhas de barro e algumas de vidro, com 2 m de largura x 2 de comprimento e com maior número de ninhos do que de casais para não haver disputa. Poleiros de várias espessuras para exercitar os dedos. 
Higieneo recomendado aos pássaros em geral. Semanalmente lavar gaiola, comedouros e bebedouros com solução de 201 de água para 100 ml de cloro. Os comedouros e bebedouros devem ficar imersos no cloro durante cerca de 4 dias (providencie substitutos). Depois lavá-los com água corrente e deixar secar ao natural. Mensalmente, raspar com uma faquinha os poleiros, lavá-los com sabão e escova e secá-los bem ao sol ou no forno para não ficarem úmidos , evitando o aparecimento de fungos. 
Alimentaçãodiariamente, 3 partes de painço, 1 de alpiste, verduras (exceto alface), sendo as preferidas almeirão, couve, escarola e espinafre (colocar uma folha entrelaçada na grade); farinhada - para até 12 pássaros, sendo 1 colher (café) de farinhada por pássaro e na época de procriação 1 colher (sobremesa) - 1 ovo cozido, 10 colheres (sopa) de farinha de rosca, 8 a 10 gotas de óleo de fígado de bacalhau. Suplementação: Manter sempre na gaiola para cada pássaro - 1 colher (sopa) de areia branca (em aviculturas), 1 colher (café) de sais minerais e 1 colher (café) de farinha de ostra. 
Reproduçãocomeça aos 9 meses. Identifica-se facilmente o macho da fêmea no Mandarim Cinza (videm item cores); nas outras variedades é melhor observar - só o macho canta e o vermelho do bico da fêmea é mais pálido. Põe de 4 a 6 ovos que eclodem em cerca de 12 dias. Após cerca de 2 semanas já se alimentam sozinhos e aos 18 dias começam a voar. Os jovens são identificados pelo bico marrom-escuro quase negro. Ninho externo de caixa de madeira ou cestinha de vime de cerca de 14 cm de altura e 12 de diâmetro (colocada inclinada a 50 graus, para não cair os ovos, e amarrada nas grades da gaiola com arame). Material: capins em geral, sendo preferível o Barba de Bode e a Grama Japonesa. Colocar no fundo da gaiola para o pássaro pegar. 
Saúdeave rústica, não apresentado nenhuma doença em particular. Em situações adversas e de estresse, costuma arrancar penas do corpo com freqüência, o que faz também na falta de material para fazer o ninho ou em gaiolas superpovoadas. 
Vida média: aproximadamente 8 anos.





Fontes de pesquisa:
Texto: www.petbrazil.com.br
Fotos:
1) diamantemandarim.com.br
2) portaldasaves.no.sapo.pt
3) vianadocastelocity.olx.pt
4) asminhasaves-cristiano.blogspot.com

quinta-feira, 8 de março de 2012

Calafate


O visual atraente e o cuidado com que o casal se dedica à reprodução, durante a maior parte do ano, são alguns dos atrativos do Calafate.



A beleza delicada e exótica do Calafate ajudaram-no a tornar-se um dos pássaros mais criados no mundo. O avermelhado do bico, de peculiar formato cônico, aparece também nos anéis ao redor de cada olho. Na verdade, o seu bico é transparente e o colorido vermelho é proporcionado pelo sangue que nele circula. A cabeça preta com uma mancha branca destaca-se do corpo cinza, sua coloração original, que pode se apresentar em tons mais claros ou escuros. É encontrado também em mutações de diversas cores (veja ficha). Originário de ilhas indonésias como Java, Sumatra e Bornéo, voa em bandos e torna-se uma praga nas plantações de arroz. Seu nome científico Padda (Lonchura) oryzivora significa "comedor de arroz". É chamado também de Pardal de Java ou Pada. O nome popular Calafate vem dos calfat, como eram chamados os marinheiros encarregados de vedar as juntas das embarcações, na função de calafetar o navio, normalmente com estopa para impedir a passagem de ar ou água. À sua semelhança, o Calafate constrói o ninho como se fosse uma bola oca e o fecha bem, de forma que reste apenas uma pequena abertura de entrada para a luz não se infiltrar.
A Indonésia e suas ilhas pertenciam, desde o século 17, à Holanda, cujos marinheiros espalharam o Calafate pelo mundo. Na trilha de difusão da espécie começaram por Zanzibar, Ilhas Maurício, Santa Helena e continuaram pela Índia, Malásia e parte da China. Chegaram então à Europa onde sua primeira criação amadora bem-sucedida é de 1890, na Suíça.
No Brasil, o Calafate está há mais de 40 anos. Vive e se desenvolve muito bem já que é uma ave de clima quente. Chegou aqui através de criadores brasileiros que foram buscá-lo na Europa e de marinheiros orientais que aportavam trazendo exemplares na bagagem.
ROMANCE

Resistente, o Calafate é uma ave que se dá bem em viveiros externos, onde pode ser criado em colônias ou com outras espécies, como Periquitos Australianos e Diamantes Mandarim. Os criadores preferem, entretanto, tê-lo em gaiolas formando apenas um casal, onde fica mais dócil, aceita bem a aproximação das pessoas e se reproduz normalmente. 
O macho é um pai e tanto. Costuma colaborar com a companheira em todas as etapas possíveis da procriação. Em março, junto com a fêmea, trança o capim e confecciona o ninho cuidadosamente. Eles não deixam escapar nem mesmo eventuais folhinhas que, por acaso, fiquem presas em algum lugar. A partir daí, acasalam-se. Assim que a fêmea termina de botar os ovos, revezam-se no choco e, em conjunto, passam a alimentar e cuidar dos filhotes. Todo este processo dura cerca de dois meses. Logo depois, o ciclo reinicia, e assim sucessivamente, até o fim de outubro. Começa, então, uma nova fase, a da recuperação física do organismo desgastado pelo período reprodutivo. Vai até o mês de março e durante a mesma ocorre a muda, que dura no máximo dois meses. Terminada esta fase, retornam à reprodução.

OLHOS FECHADOS

O Calafate se estressa facilmente em viagens e pode morrer, exigindo cuidados especiais no seu transporte. Alguns criadores costumam transportar seus pássaros em caixas de transporte (veja ficha). Mesmo assim, ficam com muito medo, tanto que mantêm os olhos fechados durante o percurso e não os abrem enquanto a viagem não terminar. 
Os criadores recomendam nunca transportar o Calafate na época da muda. Neste período a resistência cai bastante e, por isso, aumenta muito a chance do estresse ser fatal.
MUTAÇÕES

O corpo cinza do Calafate original pode apresentar tonalidades mais ou menos intensas. A preferida pelos criadores é a cinza escura. Existem também as seguintes mutações:
Branca - Tem os olhos pretos.
Albina - Branca com os olhos vermelhos.
Canela - Cabeça marrom escura e corpo marrom claro.
Isabelina - Cor marrom mais clara que no Canela.
Canela diluído - Corpo branco, cauda e cabeça bege e olhos vermelhos.
Arlequim - Manchas brancas irregulares sobre o corpo cinza.
FICHA
Tamanho: porte pequeno, até 15 cm.
Instalações: em local protegido de ventos e chuvas, com bastante claridade. Viveiro: até 5 casais - 1,5 m (comprimento) x 1 x 1 com tela só na frente, coberto totalmente com telhas de barro. Gaiola: GR3 com 70cm x 40(largura) x 30 (altura).
Caixa de transporte: de madeira, 40cm x 25 x 10, com só uma face em tela, para 10 aves.
Alimentação: granívoro. Dar, diariamente, ração industrializada para granívoros à vontade, ou uma mistura de sementes não lavadas para maior durabilidade (para 5 casais, por um mês: 5kg de painço, 2kg de alpiste, 1 kg de aveia). Pode-se complementar 2 a 3 vezes por semana com maçã picada, couve, almeirão e escarola e insetos. Farinhada (para o período da procriação Pendurar 1/4de espiga de milho verde cru, 2 a 3 vezes por semana, na gaiola. Água: não pode faltar.
Identificação sexual: o macho adulto canta mais, seu bico ocupa uma área maior na face e tem o anel em volta dos olhos mais vermelho.
Ninho: caixa de madeira cúbica, 20cm x 20 x 20, com tampa, fora da gaiola com a abertura redonda voltada para a gaiola. Se menor pode prejudicar a postura da fêmea. Em viveiro, a quantidade de ninhos deve ser 50% superior ao número de casais. Na gaiola, colocar o ninho junto com o casal, a partir dos 10 meses de idade.
Reprodução: início de março. Durante 4 dias colocar um punhado de capim barba-de-bode para cada ninho. Enquanto o capim não acaba, o casal tece o ninho - uma bola oca que ocupa todo o espaço do cubo. Depois de pronto, pode-se cortar a parte superior da bola com uma tesoura, para inspeções quando abrir a tampa. Nunca limpar o ninho. A fêmea fica nervosa e prejudica a criação. Um mês e meio depois começa a postura. A fêmea põe de 4 a 6 ovos (demora 4 dias). Depois do último, começa a chocar, revesando-se com o macho. Após 15 a 16 dias os ovos eclodem. Os filhotes são separados dos pais aos 35 dias. A nova postura começa 3 dias depois. De março a outubro são 4 a 5 posturas. O casal tem por temporada cerca de 20 filhotes.
Higiene: adora banho. Na época de criação, em dias quentes, colocar diariamente uma vasilha com água para banho. Na muda (novembro a fevereiro), apenas uma vez por semana.
Saúde: não há doença específica. Boa higiene e alimentação bastam. Bico quase branco é sinal de anemia.
Muda: se durar mais de 2 meses significa algum problema.

Fonte de pesquisa:
Texto: Site petbrazil
Fotos: Internet

domingo, 4 de março de 2012

Starfinch


Nem só de cangurus vive a Austrália. Enquanto esse mamífero pulador percorre os campos daquele país, bem acima da terra firme, voa sublime o Starfinsh

Phoephila ruficauda. Para quem desconhece latim e muito menos as ciências biológicas, tais palavras não significam mais do que sons estranhos e esquisitos. Contudo, essa denominação, que para os leigos poderia tranquilamente designar um inseto asqueroso, refere-se a um dos mais belos pássaros de pequeno porte. O Starfinsh (nome popular inglês) ou Diamant à Queue Rouge (nome popular francês) é um gracioso passarinho que vive do Norte ao Nordeste da Austrália, principalmente próximo a rios e riachos e em regiões ricas em paisagens arbustivas.

Esse tipo de vegetação é predileta da espécie para a construção de seus ninhos. Em estado selvagem, o ninho do Starfinsh costuma ser esférico, e o pássaro gosta de fazê-lo entre os arbustos. No seu habitat ele vive em pequenos grupos, e se alimenta de grãos, gramíneas e outras plantas herbáceas.
Bastante dócil, essa espécie que mede de 10 a 11 cm é muito sociável e pode ser criada facilmente em viveiros. Aliás, no Brasil ele só existe em cativeiro. 

CORES FORTES
Se o temperamento desse passarinho fosse medido pela intensidade de suas cores, certamente o Starfinsh seria um daqueles "pinta brava". Essa ave é dona de uma pelagem lindíssima. Sua cabeça é matizada por um forte vermelho carmesim, "salpicada" por pequenas manchas brancas até a altura da garganta, próximo às asas. Seu corpo é verde-oliva, e a cauda de um vinho "sóbrio e charmoso". A parte de trás das asas é verde acinzentado, e o bico, vermelho. A fêmea é um pouco menor do que o macho, e ainda apresenta a mancha vermelha da cabeça também em proporção menor.
A exemplo de outros pássaros da mesma família, o Starfinsh não é muito dado às funções de "administrar sua prole". São raríssimos os casos em que a fêmea chega a chocar seus ovos. Na maioria das vezes, entra em cena o Manon (Lonchura spp), famoso pela suas qualidades de perfeito pai adotivo.
Para se criar o Starfinsh, aconselha-se providenciar de 3 a 4 casais de Manon igualmente em período de reprodução, para cada casal do pássaro. Isso possibilita o aproveitamento da maioria dos ovos. Ocorre que o Starfinsh volta a fazer nova postura alguns dias depois de ter seus ovos retirados do ninho, e a Manon só consegue chocar 4 por vez.
Visualizando melhor: o Starfinsh põe 1 ovo por dia, durante 4 a 6 dias, num ciclo que tem um intervalo de 15 dias, por todo tempo de acasalamento, que dura aproximadamente 6 meses. Assim, retire os ovos do ninho do Starfinsh à medida em que forem sendo postos, e resrve-os em uma caixinha propriada. No quarto dia da postura, coloque 4 ovos no ninho do Manon. O Starfinsh continuará a botar outros ovos, que irão para outro Manon, e assim sucessivamente. É sempre bom lembrar que você deve se desfazer dos ovos da "mãe adotiva", para que esta só choque os ovos do Starfinsh. Esse pássaro costuma ter de 2 a 3 posturas por ano. A eclosão dos seus ovinhos se dá aos 13 dias. No 20º dia você poderá ver os filhotinhos recobertos de plumagem.

O Starfinsh é um passarinho calmo e meigo. Tranqüilo, é ideal para pessoas que tenham o mesmo temperamento. Canta baixo e não é dos mais barulhentos. 

CUIDADOS SEM SEGREDO
O Starfinsh não é exigente nem chato, vivendo bem numa gaiola pequena. Não se esqueça, porém, de dispensar-lhe o mínimo de condições de higiene. Limpe com uma escova as grades, poleiros e o fundo da gaiola, lembrando-se também de forrá-lo com papel. Água fresquinha para beber e para os banhos gostosos (em vasilhas distintas) também são indispensáveis. No comedouro, coloque sempre sementes - painço, alpiste, senha - , verduras ou ainda uma iguaria: a farinhada.



Fonte de pesquisa:
Texto: Site petbrazil
Fotos: Internet

Criação de Gainhas



MANEJO SANITÁRIO

A higiene dentro e fora do galpão, independente do seu tamanho é importantíssima, pois evita diversos problemas sanitários na criação.
Os principais procedimentos de manejo sanitários são:

ü  Manter os galpões sempre limpos e desinfetados após cada criada
ü  Fazer o vazio sanitário de pelo menos 15 dias após a desinfecção do galpão.
ü  Aplicar corretamente as vacinas e medicamentos necessários.
ü  Evitar o trânsito de pessoas e animais ao redor do galpão.
ü  Não guardar restos da cama do lote anterior no galpão onde se está alojando novo lote.
ü  Ter pedilúvios e rodolúvios em todas as saídas das instalações.
ü  Recolher todas as aves mortas diariamente e depositá-las em fossas, obedecendo, uma distância mínima de 150 metros da granja.
ü  Fazer o controle de insetos e roedores principalmente entre os lotes.

LIMPEZA E DESINFECÇÃO

A limpeza e desinfecção não devem ser tratadas como simples preocupações estéticas, mas como medidas profiláticas de suma importância para a criação.
Como proceder:
ü  Retirar toda a cama antiga.
ü  Varrer o galpão todo.
ü  Passar lança chamas em todo o chão e ao redor do galpão.
ü  Lavar o galpão com água e sabão.
ü  Pulverizar desinfetante (pode ser formol 5 % ou 8 %).
ü  Fazer uma caiação (8 sacas de cal/200 litros de água) se necessário.
ü  Espalhar a cama nova.
ü  Desinfetar todo o equipamento.
ü  Recolher entulhos ao redor do galpão.
ü  Lavar a caixa d’água e encanamentos do galpão.
ü  Manter os equipamentos em perfeito estado.
ü  Colocar veneno de rato e inseticida (dentro do galpão) e retirá-los antes da entrada dos pintos.

OS GALPÕES

Uma das inúmeras diferenças do frango caipira brasileiro para o frango de corte tradicional é que pode ser criado solto, confinado ou mesmo semi-confinado, dependendo do interesse do criador.
Partindo deste conceito, o galpão pode ser novo ou mesmo aproveitamento de uma antiga instalação da propriedade. Todo local coberto e cercado torna-se um galpão em potencial, dependendo apenas da quantidade que se deseja criar e a que fim se destinará. É necessário apenas adequá-los às exigências básicas para a criação.
Como não requer tanta tecnologia de construção quanto o galpão de frango de corte tradicional, é mais fácil construí-lo.
Uma boa recomendação que deve ser seguida na construção do galpão é orientar a sua cunheira no sentido leste/oeste, desta maneira haverá menor incidência de sol no interior do galpão no calor e mais insolação nos períodos de frio durante o ano.
Os galpões podem ser construídos sem muita tecnlogia ou até mesmo aproveitando material já existente na propriedade, mesclando-se a rusticidade das instalações à tecnologia avançada, como campânulas, bebedouros e comedouros automáticos. Une-se assim o útil ao baixo custo de construção.
Precaução especial é não construí-lose em locais de difícil acesso, distante das fontes de alimentação ou mesmo longe da observação dos responsáveis.

CORTINAS

As cortinas são tão importantes quanto os outros equipamentos do aviário, tendo a função de proteger e aquecer as aves.
Na criação de frango caipira , as cortinas podem ser feitas de sacos de ração reaproveitados, bambu, sapé, madeira e ráfia , desde que sejam seguros e permitam a passagem de luz solar para o interior do aviário.
O manejo das cortinas e muito importante , pois através delas, a umidade e a temperatura interna do galpão são controladas.
Nos primeiros 10 a 15 dias da ave recomenda-se que fiquem levantadas, e nas idades menos criticas, depois que as aves estão empenadas deve-se manter as cortinas abaixada, levantando as somente em horários frios, durante chuvas ou ventos mais fortes.
Se o aviário estiver com um forte cheiro de amônia ou abafado , principalmente no período da manhã, deve-se quando possível, abaixa- las, de preferência do lado contrário à corrente de vento.

PIQUETES

   
Os piquetes já foram muito utilizados no começo da avicultura comercial no Brasil. Existe registros na literatura que em 1937 já se faziam piquetes para a criação de aves comerciais, tanto de corte como de postura.
No sistema de criação do Frango Caipira procura- se resgatar esta técnica com grande sucesso.
Cercados com telas de arame, bambu , madeira, alvenaria ou mesmo pré- fabricados, as cercas devem ter aproximadamente 1,80m de altura , devendo ter um espaço para o pasto. Não esquecer que árvores devem ser plantadas nos piquetes para obtenção de sombra em abundância.   
Uma torneira com água corrente também é necessária, não pode existir possas d´ água, lixos,entulhos, e dejetos de animais nos piquetes.
A formação dos piquetes tem o papel fundamental nesse estilo de criação , já que a ave tem o habito e a necessidade de pastar. A ave precisa de espaço para andar e desenvolver sua musculatura.
Levando-se em conta a qualidade do solo, pode-se optar pelo plantio de um único tipo de grama ou da conservação de duas ou mais espécies.
Para evitar predadores de solo, aconselha-se colocar sacos amarrados na tela em volta do galpão, para evitar o contato visual.

O PASTO

O pasto é um ponto forte na criaçao do frango caipira, pois esta ave tem o habito de pastar.
O alimento plantado deve ser com altos teores de proteina, boa digestibilidade, crescimento estolonifero, grande taxa de redobra, ja que os brotos fornecidos as aves devem ser novos e tenros . As folhas velhas e fibrosas são de baixa qualidade, determinando uma recusa natural da ave.
Os capins e gramas mais usados para piquetes sao os mais proteicos, como o Capim Quicuiu,o Capim Napier, o Capim Coast-Cross, o Capim Tiffiton, a Grama Estrela Africana e outros, que tenham o sistema radicular baixo, pois assim, voltam a crescer rápidamente com as chuvas ou irrigações.
Recomenda-se alojar 1 ave entre 1 a 5 m2, desta forma o piquete resistira o pisoteio das mesmas até a retirada do lote.
O plantio só terá sucesso se encontrar um solo preparado.

EQUIPAMENTOS

Em qualquer atividade avícola, por mais rústica que seja, os equipamentos são fundamentais não é diferente com o frango caipira .
Necessita- se portanto de:
ü  Cortinas
ü  Círculos de proteção
ü  Comedouros infantis
ü  Termômetros
ü  Campânulas
ü  Comedouros
ü  Bebedouros

Todos estes equipamentos devem fazer parte integrante de uma granja, mesmo sendo ela de frango caipira.         

COMEDOUROS

O frango caipira, ao contrário do frango tradicional, necessita, depois de 30 dias, de dois tipos de comedouros, um para ração comercial e outro para ração alternativa.
O processo de alimentação desta ave, nos primeiros 10 dias segue o tradicional. Usam-se bandejas ou comedouros tubulares infantis que são gradativamente substituídos por comedouros adultos.
O espaçamento é muito importante. No caso de comedouros tubulares, devemos trabalhar com 1/80 quando pintainhos, e 1/40 quando adultos ou conforme recomendação do fabricante.
Nos comedouros tipo calha deve-se dar um espaço de 2,5 cm/ave quando pintainho, e aumentar para 8 cm/ave quando adulta.
Os comedouros tipos calha podem ser de fabricação caseira, com materiais reaproveitáveis existentes na propriedade,como canos de PVC cortados ao meio, caixas de madeira e até mesmo bambu, de preferência com 1 metro de comprimento.
Quando são usados comedouros tubulares comerciais ou mesmo de fabricação caseira, é desejável que a borda do prato tenha a altura do dorso da ave, acompanhando seu crescimento regulamos a sua altura, evitando assim desperdício de ração.
Recomenda-se que a ração alternativa seja servida em comedouros tipo caixa ou calha, ao menos duas vezes ao dia, desta forma as aves se mantém sempre ativas.
O avicultor não deve deixar restos de ração alternativa de um dia para o outro. Mesmo com toda a rusticidade que lhe é peculiar, o frango caipira brasileiro sofre muito com fungos e bactérias, que se desenvolvem em rações com umidade.
De maneira geral a ração, tanto alternativa como comercial, deve ocupar entre 1/3 e metade da altura da borda do prato, evitando assim desperdício de ração.
A cada 7 a 10 dias, deve-se regular a altura dos comedouros, acompanhando o crescimento das aves.

COMEDOURO INFANTIL

Recomendamos o uso de comedouros infantis tubulares, propiciam um menor disperdício e evita que o pintinho se alimente no chão onde outra ave está defecando. Uma opção aocriador é o comedouro tipo bandeja que é usado somente nos primeiros dias do pintainho, na proporção de 01 bandeja para cada 80 pintainhos. Com 10 a 12 dias de idade, são substituídos por comedouros tubulares e/ou calha, como o avicultor desejar. Estas bandejas podem ser de:

ü  Madeira.
ü  Alumínio.
ü  Lata.
ü  Plástica.
ü  Papelão (fundo de caixa de pintainhos).

As rações dessas bandejas devem ser peneiradas pelo menos 2 vezes ao dia.


BEBEDOUROS

Nos primeiros 10 dias são usados os bebedouros tipo copo de pressão, na medida de 1/60 ou conforme recomendação do fabricante. .Se o bebedouro for pendular automatico, com capacidade de 3 litros, usa-se 1/80 na fase inicial e 1/50 na fase adulta ou conforme recomendação do fabricante, e 4 cm / ave na calha ou bebedouro. Da mesma forma que os comedouros, tambem  os bebedouros podem ser fabricados na propriedade com canos de PVC, calhas usadas e bambus.
Os bebedouros não devem ter vazamentos para nao molhar a cama ou produzir poças d´ água nos piquetes.
Devem ser regulados a cada 10 dias, devendo ficar a uma altura de 5 cm acima do dorso das aves, evitando - se assim problemas com a cama molhada.
Água limpa, fresca e pura deve existir em quantidade suficiente pois a sua eventual falta pode provocar perdas significativas por desidratação.

CÍRCULOS DE PROTEÇÃO

Como o próprio nome diz, o círculo tem como função básica proteger as aves quando ainda pintainhos, de correntes de ar, de frio, de predadores e ainda delimitar a área mais próxima possível da fonte de aquecimento e dos comedouros e bebedouros servidos a estas aves.
Geralmente esses círculos são feitos de chapas de Eucatex ou Duratex por serem mais viáveis economicamente, não se descarta a possibilidade de utilizar-se de chapas galvanizadas ou mesmo de folhas de papelão grosso, que tem a vantagem de ser mais higiênicos devido ao  seu descarte após o uso.
A altura do circulo e bastante variável, indo de 30 até 70 cm .Devem ter uma circunferência de aproximadamente 5 a 7 m , para o alojamento de 500 pintainhos.
No inverno, recomenda - se juntar dois círculos formando assim um único com 1000 pintainhos.

FONTE DE CALOR

Tanto o frango caipira como o frango tradicional, necessitam de campânulas, usadas com fonte de calor artificial. São encontradas no mercado com facilidade de tamanho e capacidade diferentes. Geralmente usa-se campânula com capacidade de aquecimento de 500 pintos. As campânulas podem ser a gás, com resistência elétrica, luz infra-vermelha ou até mesmo à lenha.
O seu uso pode variar de 1 a 15 dias, dependendo da temperatura ambiente.
Na primeira semana de vida do pintainho é indispensável,pois ele necessita de uma maior quantidade de calor no início e vai diminuindo à medida que as aves crescem.

CAMA PARA O AVIÁRIO

A cama de um aviário é um importante fator que interfere nas condições sanitárias e no bom desenvolvimento do lote. Mesmo sendo uma ave mais rústica,o frango caipira brasileiro também necessita de cama de boa qualidade.O material usado quando espalhado no galpão deve cobrir todo o seu piso,com o máximo de uniformidade, com a altura ideal variando de acordo com a época do ano: 5 a 8 cm no verão e de 8 a 10 cm no inverno.
Uma cama de boa qualidade deve apresentar algumas propriedades indispensáveis:

ü  Uma excelente capacidade de absorver a umidade, evitando o empastamento da mesma dentro do círculo.
ü  Baixa condutividade térmica (bom isolamento do piso).
ü  Partículas de tamanho médio.
ü  Liberação rápida de umidade.
ü  Umidade por volta de 20 a 25%.
ü  Livre de substâncias indesejáveis ( fungos, toxinas,etc.)
ü  Fácil Disponibilidade.
ü  Baixo custo.

Podemos usar os seguintes materiais:

ü  Maravalhas ou cepilho.
ü  Sabugo de milho picado.
ü  Capins secos.
ü  Casca de arroz.

OBS: Se informe sobre a procedência da cama, se foi estocada em local seco e arejado, pois podem conter esporos de fungos que irão se multiplicar com a umidade da cama.

A VÉSPERA DA CHEGADA DOS PINTINHOS.

Na véspera da chegada dos pintainhos o criador deve certificar-se de que as instalações, cortinas, sistemas elétricos, hidráulicos e materiais a serem usados como cama, comedouros, bebedouros, círculos, campânulas, e estoque de gás estejam em perfeitas condições de funcionamento, limpeza e em número suficiente para a criação.
O galpão deve estar pronto para o recebimento das aves, com os círculos montados e todo o equipamento revisado,pelo menos 24 h antes da chegada dos pintainhos.
Para um lote de 500 pintainhos é necessário 1 campânula, 6 bebedouros e 6 comedouros tipo bandeja.
Na chegada dos pintinhos é importante mostrar-lhes os locais onde ele encontra comida, água e também a fonte de calor. O procedimento mais comum é colocar o bico do pintinho na água, depois na comida e finalmente colocá-lo em baixo da fonte de calor.

MANEJO

Existem diversas maneiras de criação de frango caipira .Tudo depende do nível tecnológico e da condição de cada produtor.
Algumas condições básicas de criação são essenciais: tomar cuidado para que na chegada das aves, o galpão esteja limpo,desinfetado,com os círculos montados e que os comedouros e bebedouros estejam distribuídos e as campânulas pré aquecidas.
Recomenda-se sempre que a primeira água a ser consumida pelas aves tenha algum hidratante, que pode ser comercial ou caseiro (de 200 a 300g de açúcar para 6 litros de água).
Nos primeiros trinta dias, as aves podem ser alojadas em pinteiros ou criadas diretamente nos galpões, de acordo com a possibilidade do avicultor.
Todo dia se faz uma vistoria no pinteiro ou galpão, observando se existem aves mortas ou mesmo aleijadas que devem ser retiradas.
A partir da terceira semana, recomenda-se que as aves sejam liberadas pela manhã para um passeio, visando o desenvolvimento da musculatura, à tarde devem ser recolhidas.
Já na segunda semana, pode-se permitir o acesso ao material verde picado, substuí-se então os comedouros infantis pelos que ficarão até o final do lote.
Qualquer dúvida com relação ao estado geral do lote, deve ser esclarecida o mais rápido possível, para detectar precocemente um eventual problema e avitar assim o prejuízo na criação.

VACINAÇÃO E VERMIFUGAÇÃO

Normalmente o pequeno avicultor não se preocupa com os programas de vacinação e vermifugação. Comete um erro gravíssimo, pois estes programas não representam um custo elevado, se comparados aos prejuízos que um verme ou doença podem causar ao lote.
O esquema de vacinação varia de região para região, recomenda-se que verifique o esquema utilizado por uma granja de frangos comerciais perto da propriedade, pois esta granja já conhece os desafios regionais. Pode-se consultar também a casa da lavoura do município.

Exemplo de esquema de vacinação:

IDADE
TIPO DE VACINA
VIA DE APLICAÇÃO
7 dias
Newcastle HB1
Ocular ou água
15 dias
Bouba Forte
Membrana da asa
35 dias
Newcastle La Sota
Ocular ou água
45 dias
Bouba Forte
Membrana da asa
70 dias
Newcastle La Sota
Ocular ou água
120 dias
Tifo e Cólera
Injetável no peito


OBS: Recomendamos que o programa de vacinação seja elaborado com base nas condições e histórico sanitário da região.

                Para vermes, os melhores resultados são obtidos com uso periódico de um vermífugo específico para aves (três dias consecutivos) em duas dosagens com intervalo e 15 dias, e repetido a cada 90 dias.
                No dia da vacinação, deve ser retirada a água de bebida duas horas antes do fornecimento da vacina às aves. Se a água for clorada, a cloração deve ser interrompida por no mínimo, 24 horas.
                Só fornecer água clorada novamente depois de 24 horas da vacinação. As recomendações do fabricante das vacinas e medicamentos devem ser seguidas rigorosamente.
                A rotação de piquetes é necessária para quebrar o ciclo da verminose e coccidiose.


Orientação para a criação de aves de postura caipira:

É necessário a suplementação de cálcio, via ração ou calcário na fase de postura. Deve-se tomar cuidado com o peso das aves, principalmente no período da recria ( de 4 a 18 semanas).
Um programa de iluminação acima de 10 lux é necessário para o desenvolvimento sexual das aves, maior uniformidade e maior produção. De 27 a 30 wattspor m2, consegue-se atingir um total de 10.7 lux. Segue a tabela de programação de luz:
De 0 a 8 semanas   -   Luz Natural.
De 9 a 16 semanas  -  12 horas.
De 17 a 18 semanas - 14 horas.
De 19 a 75 semanas - 17 horas.
Luzes de 60 watts dispostas a 2 metros da entrada do galinheiro, com 4 metros de distância uma das outras e 3 metros de altura.
Colocar o ninho a partir da 15 ou 16 semana. Deve ser forrado com maravalha.O ideal é estar a 35 cm de altura do piso, com uma abertura de frente e fundo de 35 cm, ou seja, 35 x 35 cm.      É necessário também uma ripa de madeira de 5 cm na entrada do ninho, para evitar o disperdício da maravalha.
Mantendo estes cuidados e não deixando a galinha engordar você obterá até 280 ovos por ano.
Em algumas regiões tem-se o hábito de debicar as aves, que deve ser feita com debicador automático, aos 7 dias de idade. Depois deve ser ministrado um complexo vitamínico com vitamina K, para melhor cicatrização. Porém antes verifique se a ave caipira é aceita debicada em sua região.

RAÇÃO BALANCEADA

Por tratar-se de uma ave mais rústica, é possível alimentá-la com diversos tipos de alimentos.
O programa alimentar recomendado é realizado com quatro tipos de ração. Estas rações dividem-se em INCIAL, de 01 à 28 dias; ENGORDA, de 29 à 49 dias e a FINAL, dos 50 dias até o final.
Até os 28 dias, enquanto a ave está formando a sua estrutura, é interessante a utilização de ração balanceada, após este período ela pode ser dada ao final do dia como complemento a alimentação alternativa, para disponibilizar todos os nutrientes necessários para melhor aproveitamento desta alimentação alternativa.

ALIMENTAÇÃO ALTERNATIVA

O ponto mais forte de uma criação de frango caipira é justamente a fonte de alimentação alternativa. Sem dispensar a ração comercial,os piquetes e os complementos (verduras, frutas,legumes e capim picado) têm um importante papel no desenvolvimento desta ave, fornecendo-lhe, a fibra e xantófila tão necessárias.
Entre os alimentos alternativos destacam-se:
Capim Quicuiu                                                    Confrei
Capim Coast Cross                                           Rami
Capim Tiffiton                                                      Folhas de Batata Doce
Capim Estrela Africana                                 Guandu
Assa Peixe                                                              Hortaliças e Leguminosas

Mandioca ou macacheira (deve ser quebrada e colocada ao sol ou cozida para quebrar as proteínas nocivas a alimentação), restos de verdura, frutas ou qualquer subproduto da propriedade.
As folhagens (Rami, Guandu, Assa Peixe, Confrei, Folhas de Batara Doce, Hortaliças e Leguminosas) podem ser servidas após a 2º semana de vida da ave, e os capins após 30 dias.

ILUMINAÇÃO

O frango caipira, por ser uma ave destinada ao abate com idade mais avançada recomenda-se o fornecimento somente de luz natural, evitando-se assim o seu crescimento muito acelerado e o aumento de mortalidade.

TEMPERATURA

A temperatura de um galpão é muito importante e seu controle permite obter resultados compensadores.
As temperatura de conforto para as aves são está entre 20  e 28º C.
A falta de calor traz problemas de desuniformidade do lote e o excesso desidrata. Para evitar estes problemas recomenda-se que o avicultor tenha sempre à mão um termômetro, controlando a temperatura ambiente constantemente.
O termômetro deve ficar na lateral interna do círculo de proteção à altura da ave.