terça-feira, 1 de maio de 2012

Diamante Gold




Por reunir beleza e docilidade, ele é um forte candidato a ser 
um bom pássaro de estimação.


Com a beleza de suas cores vivas e bem definidas e o temperamento especialmente dócil, o Diamante de Gould é um dos pássaros preferidos para estimação.
Conhecido em inglês como "Lady Gould" (Senhora Gould), foi assim chamado pelo primeiro ornitólogo a estudar a espécie, John Gould, em homenagem à esposa Elizabeth quando esta faleceu. Hábil desenhista de pássaros, ela registrou a imagem das aves que o casal pesquisou junto em expedições realizadas no século XIX.

ADAPTAÇÃO

O diamante de Gould, criado há mais de 100 anos em cativeiro, ambientou-se à criação doméstica a ponto de não estranhar a aproximação das pessoas e permanecer calmo em situações como quando se coloca comida na gaiola, sem demonstrar medo. Isto é extraordinário se considerarmos que na natureza não desce ao solo para beber se não pressentir absoluta segurança, podendo voar até 3 horas à procura de um poço seguro. A confiança adquirida não significa, porém, que o local onde fique não deva ter algum resguardo, para que ele viva e procrie bem. É bastante comum que viva mais de 10 anos, quando tratado adequadamente.
Recomenda-se antes de um envolvimento com o Gould alguma experiência com espécies mais rústicas como Canário de Cor, Periquito Australiano e Manon. Isto porque o Gould é um pouco mais delicado, mas não a ponto de causar problemas.
Quanto à procriação, na maioria dos casos (há exceções) a espécie não dá atenção aos filhotes, exigindo o uso de uma ama-seca, como o Manon, para chocar os ovos e cuidar dos pequenos até a sua independência.
Pode conviver com outras aves, como o Starfinsh, Mandarim, Manon e Bico-de-prata principalmente em viveiros ou voadeiras que são mais espaçosos. Deve-se evitar superpopulação e espécies agressivas.
O interesse pela sua criação cresceu com o aparecimento, sobretudo nos últimos 10 anos, de mutuações com novas cores e marcações (veja fotos).

FICHA

Tamanho: cerca de 12 cm.
Cores: Original - Cabeça: vermelha, preta ou laranja. Peito: violeta. Barriga: Amarelo-ouro. Manto: verde luminoso. 
Mutações - Cabeça: amarela ou cinza. Peito: branco, rosa ou azul. Barriga: creme. Manto: amarelo, cinza claro, azul etc.
Instalações: Que permitam banho de sol e em local com algum resguardo. Gaiola - para 1 casal, ao menos 60 cm de comprimento x 30 cm de profundidade x 35 cm de altura. Viveiro - de alvenaria, com apenas a frente de tela, voltada para o Norte, com 3 m de comprimento x 1 m de largura x 2,10 de altura, piso de lage com 15 cm de espessura e tela de ½ polegada com fio 18.
Acessórios: em gaiolas, 2 poleiros de 10mm de diâmetro, bem afastados e longe das laterais, para evitar danos às penas da cauda. Galhos de árvores são também uma boa opção, mais usados em viveiros. Ponha uma banheira para banho diário, que ajuda a manter a plumagem em boas condições. Deixe sempre à disposição um osso de siba para fornecimento de cálcio e areia mineralizada para ajudar na digestão.
Alimentação: mistura das seguintes sementes: 25% de alpiste e 75% de painço e milheto, diariamente. Em dias alternados, verduras. Duas vezes por semana e na época de procriação, mistura de 20% de Farinha Láctea, 60% de Neston, 20% de farinha de rosca; acrescentar ovo cozido esfarelado. Para cada kg desta mistura acrescentar 4 colheres (sopa) de um suplemento nutricional como o ASA F1 e 3 de fosfato bicálcico. Na natureza alimenta-se de gramíneas, sementes, brotos de verduras, insetos adultos e em estado de larva e eventualmente de frutas e até polén.
Identificação sexual: o macho tem cores mais vivas principalmente no peito, a cauda central mais comprida. Faz o corte movimentando-se no poleiro, expondo as plumas e cantando. No período de acasalamento é comum o bico do macho tornar-se mais claro e o da fêmea mais escuro.
 
Cruzamento: é totalmente desaconselhável cruzar ave recessiva com recessiva (cabeça laranja ou peito branco ou manto azul), pois diminui o tamanho dos filhotes, que ficam mais sucetíveis a doenças e podem nascer com problemas genéticos. Cruze o recessivo com um dominante que seja filho de recessivo    
                 

Reprodução: A partir de 10 meses a fêmea bota de 5 a 8 ovos que eclodem após 15 a17 dias. Se não botar pode ser por mudança freqüente da gaiola de lugar; pela fêmea ser jovem ou velha demais, por falta de interesse do macho (vê-se quando não corteja a fêmea). Para tentar interessá-lo, separe-o da fêmea por 1 mês. Quando os filhotes ficam independentes, aos 45 a 50 dias, separe-os dos pais ou da ama para iniciar nova postura. Após 3 posturas dar descanso de 1 mês ao casal, totalizando 6 posturas por ano quando a mãe não choca (usa de ama). Quando a fêmea também choca, fazer só 3 posturas seguidas, por ano. Usar ninho de madeira de 20 (compr.)x14x14cm, com divisória de 4,5cm de altura, formando 1 ambiente para os ovos (13x14) e outro (7x14) para os primeiros passos dos filhotes. Neste último fica a porta, redonda, na parte superior. A tampa deve ter 3 furos em cada extremidade, para melhor circulação do ar. Como forração forneça grama japonesa ou raízes de capim. Sensível às inspeções no ninho: fazê-las ao entardecer.
Criação dos filhotes: em geral pais criados exclusivamente por seus pais e não por amas-secas, são mais zelosos. Se os acostumarmos ao uso de ama-seca, dificilmente criarão sem a ajuda dela no futuro.


Outras fotos:






Fontes de pesquisa:
Texto: www.petbrazil.com.br
Fotos:
1) queropassaros.com.br
2) luispassaros.blogspot.com
3) anuncios.adclass.com.br
4) novalima.olx.com.br
5) insoonia.com
6) exoticapet.blogspot.com
7) emanuel-avesferreira.blogspot.com

Diamante Mandarim



Fácil de ser criado, o Diamante Mandarim é apreciado em todo o mundo. Um de seus atrativos é a imensa variedade de desenhos na plumagem.


Com seu bico curto e riqueza visual, este pássaro é um dos mais populares praticamente no mundo inteiro. Razões para isto há de sobra: ele procria facilmente e muitas vezes ao ano, o que faz com que até os mais belos exemplares alcancem preços em conta (30 dólares para um excelente e de 1 a 2 dólares os mais comuns); se adapta a qualquer meio, em climas frios ou quentes, em pequenos ou grandes espaços e além disso, não tem nenhuma exigência extraordinária. Enfim, trata-se de um pássaro fácil de se ter, indicado, portanto, também para principiantes na criação de aves.
Um dos prazeres de criá-lo é que através de acasalamentos programados você pode obter Mandarins de centenas de cores das mais diferentes, distribuídas em belos e harmônicos desenhos sobre a plumagem.
Existem 8 cores básicas e mais 400 diferentes, chamadas de mutações, que foram obtidas dessas 8 (vide box). Para conseguir pássaros de cores diferentes, você deve sempre cruzar um de cor básica, por exemplo, como o Cinza, com um mutante como o Peito Negro. Na primeira ninhada vão nascer todos Cinzas, mas portadores do gene Peito Negro. Daí, você pega um desses filhotes portadores desse gene e cruza com outro Peito Negro. Nascerão Cinzas e também uma mescla dos dois, ou seja, Cinzas com Peitos Negros. Para perpetuar essa cor nova, você precisa cruzá-la com Peitos Negros ou portadores do gene Peito Negro e depois, com o tempo, com exemplares da mesma cor.

FICHA

Cores: o mais comum é o Cinza ou Zebra (corpo cinza-amarronzado com branco, listras negras na cauda e, só no macho, listras pretas e brancas na garganta, marcações alaranjadas nos lados da face e pintinhas brancas nos flancos); o Canela, Prateado, Ágata (Canela com bordas das penas grandes em branco), Mascarado (bege bem claro), Dorso Pálido (Cinza-claro), o Branco e o Albino (olhos vermelhos). Exemplos de mutações: com tapete e bico amarelo (o original é vermelho), Cinza de Bochechas Negras ( o mais raro); Peito Negro; Peito Laranja; Bochecha Castanha; Pheo (creme claro com ponta das penas em tom mais forte), Creme; Pingüim (capa preta com o corpo branco ou prateada com branco etc) etc. 
Instalações: Sempre com malha fina. Gaiola de metal, ideal para até 1 casal e seus filhotes - 40cm de altura x 60 de comprimento x 30 de profundidade. Gaiola criadeira de metal para até 30 filhotes com 12 dias até 18 meses, quando começam a acasalar - 35cm altura x 1,40 de comprimento x 60 de profundidade. Viveiro para até 40 casais com armação de ferro, os 4 lados fechados e teto todo coberto com telhas de barro e algumas de vidro, com 2 m de largura x 2 de comprimento e com maior número de ninhos do que de casais para não haver disputa. Poleiros de várias espessuras para exercitar os dedos. 
Higieneo recomendado aos pássaros em geral. Semanalmente lavar gaiola, comedouros e bebedouros com solução de 201 de água para 100 ml de cloro. Os comedouros e bebedouros devem ficar imersos no cloro durante cerca de 4 dias (providencie substitutos). Depois lavá-los com água corrente e deixar secar ao natural. Mensalmente, raspar com uma faquinha os poleiros, lavá-los com sabão e escova e secá-los bem ao sol ou no forno para não ficarem úmidos , evitando o aparecimento de fungos. 
Alimentaçãodiariamente, 3 partes de painço, 1 de alpiste, verduras (exceto alface), sendo as preferidas almeirão, couve, escarola e espinafre (colocar uma folha entrelaçada na grade); farinhada - para até 12 pássaros, sendo 1 colher (café) de farinhada por pássaro e na época de procriação 1 colher (sobremesa) - 1 ovo cozido, 10 colheres (sopa) de farinha de rosca, 8 a 10 gotas de óleo de fígado de bacalhau. Suplementação: Manter sempre na gaiola para cada pássaro - 1 colher (sopa) de areia branca (em aviculturas), 1 colher (café) de sais minerais e 1 colher (café) de farinha de ostra. 
Reproduçãocomeça aos 9 meses. Identifica-se facilmente o macho da fêmea no Mandarim Cinza (videm item cores); nas outras variedades é melhor observar - só o macho canta e o vermelho do bico da fêmea é mais pálido. Põe de 4 a 6 ovos que eclodem em cerca de 12 dias. Após cerca de 2 semanas já se alimentam sozinhos e aos 18 dias começam a voar. Os jovens são identificados pelo bico marrom-escuro quase negro. Ninho externo de caixa de madeira ou cestinha de vime de cerca de 14 cm de altura e 12 de diâmetro (colocada inclinada a 50 graus, para não cair os ovos, e amarrada nas grades da gaiola com arame). Material: capins em geral, sendo preferível o Barba de Bode e a Grama Japonesa. Colocar no fundo da gaiola para o pássaro pegar. 
Saúdeave rústica, não apresentado nenhuma doença em particular. Em situações adversas e de estresse, costuma arrancar penas do corpo com freqüência, o que faz também na falta de material para fazer o ninho ou em gaiolas superpovoadas. 
Vida média: aproximadamente 8 anos.





Fontes de pesquisa:
Texto: www.petbrazil.com.br
Fotos:
1) diamantemandarim.com.br
2) portaldasaves.no.sapo.pt
3) vianadocastelocity.olx.pt
4) asminhasaves-cristiano.blogspot.com